18.1.07

Poema 16

(Paráfrasis a R. Tagore)
En mi cielo al crepúsculo eres como una nube
y tu color y forma son como yo los quiero
Eres mía, eres mía, mujer de labios dulces
y viven en tu vida mis infinitos sueños.
La lámpara de mi alma te sonrosa los pies,
el agrio vino mío es más dulce en tus labios:
oh segadora de mi canción de atardecer,
Cómo te sienten mía mis sueños solitarios!
Eres mía, eres mía, voy gritando en la brisa
de la tarde, y el viento arrastra mi voz viuda.
Cazadora del fondo de mis ojos, tu robo
estanca como el agua tu mirada nocturna.
En la red de mi música estás presa, amor mío,
y mis redes de música son anchas como el cielo.
Mi alma nace a la orilla de tus ojos de luto.
En tus ojos de luto comienza el país del sueño.
Pablo Neruda in Veinte poemas de amor y una canción desesperada

7.1.07

A insegurança

Um amigo do jardineiro, excessivamente preocupado, estava a dar-lhe sermões para que mudasse de vida.
- Não podes viver assim eternamente. Devias assentar a cabeça e tratares de arranjar um trabalho seguro. Já não tens idade para andares a brincar com a vida. Não se pode viver na insegurança de amanhã se ter ou não de comer...
- É verdade... - interrompeu-o o jardineiro. - No outro dia, o teu patrão andava a passear pelo jardim, e ouvi-o dizer a outro que o acompanhava, que não estava muito contente com o teu trabalho.
Uma expressão de preocupação estampou-sr no rosto do amigo do jardineiro.
- Como...? É verdade o que estás a dizer?
O jardineiro soltou uma gargalhada pela sua malandrice e disse ao seu amigo:
- Quem é que vive na insegurança?
Grian in O jardineiro