29.12.05

Para quê?!

Tudo é vaidade neste mundo vão...
Tudo é tristeza, tudo é pó, é nada!
E mal desponta em nós a madrugada,
Vem logo a noite encher o coração!

Até o amor nos mente, essa canção
Que o nosso peito ri à gargalhada,
Flor que é nascida e logo desfolhada,
Pétalas que se pisam pelo chão!...

Beijos de amor! Pra quê?!... Tristes vaidades!
Sonhos que logo são realidades,
Que nos deixam a alma como morta!

Só neles acredita quem é louca!
Beijos de amor que vão de boca em boca,
Como pobres que vão de porta em porta!...
Florbela Espanca in Livro de Mágoas

27.12.05

Os olhos são cegos

- Os homens bem se encafuam dentro dos comboios, mas já não sabem do que andam à procura - disse o principezinho. - Andam sempre à roda.
E comentou:
- É que não vale mesmo a pena! O poço a que chegámos não tinha nada a ver com um poço sariano. Os poços sarianos são simples buracos cavados na areia. Aquele era um poço de aldeia.
Mas não havia ali aldeia nenhuma. Seria um sonho?
- Que estranho! - disse eu para o principezinho. - Está tudo pronto! A roldana, o balde, a corda...
Riu, pegou na corda e fez girar a roldana.
E a roldana gemeu como um velho catavento geme depois de um longo sono do vento.
- Ouves o poço? - perguntou o principezinho. - Acordámo-lo e ele pôs-se a cantar...
Eu não queria que ele fizesse esforços.
- Deixa cá ver isso - disse-lhe - É pesado demais para ti.
Icei lentamente o balde até à borda. Poisei-o em cima dela, bem direito. O canto da roldana ainda cantava nos meus ouvidos e, na água, ainda a tremer, euvia tremer o Sol.
- Tenho sede desta água - disse o principezinho. - Dá-me de beber...
E então soube do que ele andava à procura.
Levei-lhe o balde à boca e ele bebeu, de olhos fechados. Tão boa! Aquela água era muito mais do que um alimento. Nascera da caminhada sob as estrelas, do canto da roldana, do esforço dos meus braços. Era boa para o coração, como uma prenda. O mesmo se passava quando eu era pequeno: as luzes da árvore, a música da Missa do Galo e a ternura dos sorrisos é que davam o brilho todo ao meu presente de Natal.
- Os homens da tua terra são capazes de plantar cinco mil rosas no mesmo sítio... - disse o principezinho. - E, apesar de terem um jardim com muitas rosas, não descobrem aquilo de que andam à procura...
- Pois não... - respondi eu.
- E podiam descobrir aquilo de que andam à procura numa única rosa ou num único golo de água.
- Pois era - respondi eu.
O principezinho acrescentou:
- Mas os olhos são cegos. Só se procura bem com o coração.
Antoine de Saint-Exupéry in O Principezinho (cap.XXV)

26.12.05

A maldição do homem

Logo no começo do Génesis, está escrito que Deus criou o homem para que ele reinasse sobre os pássaros, os peixes e o gado. É claro que o Génesis é obra do homem e não do cavalo. Ninguém pode ter a certeza absoluta que Deus realmente queria que o homem reinasse sobre todas as criaturas. (...)
É um direito que só nos parece natural porque quem está no topo da hierarquia somos nós. (...)
[Tereza] sente-se sozinha com o seu amor pelo seu cão. Pensa, com um sorriso melancólico, que tem de disfarçá-lo melhor do que se tivesse de esconder uma infidelidade. Ter amor por um cão é uma coisa escandalosa. Se, em vez disso, a vizinha tivesse sabido que andava a enganar Tomas, só teria recebido uma palmada cúmplice nas costas!(...)
Será sempre impossível determinar com um mínimo de segurança em que medida é que as nossas relações com outrem resultam dos nossos sentimentos, do nosso amor, do nosso desamor, da nossa benevolência ou do nosso ódio, e em que medida é que estão previamente condicionadas pelas relações de forças existentes entre os indivíduos.
A verdadeira bondade do homem só pode manifestar-se em toda a sua pureza e em toda a sua liberdade com aqueles que não representam força nenhuma. O verdadeiro teste moral da humanidade (o teste mais radical, aquele que por se situar a um nível tão profundo nos escapa ao olhar) são as suas relações com quem se encontra à sua mercê: isto é, com os animais. E foi aí que se deu o maior fracasso do homem, o desaire fundamental que está na origem de todos os outros.
(...) o idílio é a imagem que nos ficou gravada na lembrança como representação do Paraíso. A vida no Paraíso não era uma caminhada sempre em linha recta para o desconhecido, não era uma aventura. Movia-se em círculo, entre as coisas conhecidas. A sua monotonia não era tédio, mas felicidade. (...)
No Paraíso, quando Adão se debruçava nas fontes, ainda não sabia que estava a ver a sua própria imagem. (...) Adão era como Karenine. (...)
A comparação de Karenine com Adão leva-me a pensar que, no Paraíso, o homem ainda não era bem o homem. Para ser mais exacto: o homem ainda não se tinha lançado na trajectória do homem. Pela nossa parte, há muito que estamos lançados nessa trajectória e voamos no vazio de um tempo que corre sempre a direito. Mas ainda existe em nós um fino cordão a ligar-nos ao longínquo Paraíso enevoado (...). A nostalgia do Paraíso é o desejo que o homem tem de não ser homem.
(...) nasce no espírito de Tereza um pensamento blasfemo de que não consegue livrar-se: o amor que a une a Karenine é melhor do que o amor que existe entre ela e Tomas. Melhor, e não maior.(...)
É um amor desinteressado: Tereza não quer nada de Karenine. Nem sequer exige que ele a ame. Nunca se atormentou com as perguntas que torturam os homens e as mulheres (...).
Tereza aceitou Karenine tal e qual como ele é, não tentou modificá-lo (...).
O seu amor pelo cão é um amor voluntário, ninguém a obrigou a isso. (...)
Nenhum ser humano pode presentear outro com o idílio. Só o animal pode fazê-lo porque não foi expulso do Paraíso. O amor entre o homem e o cão é idílico. (...)
O tempo humano não anda em círculo, mas avança em linha recta. Por isso o homem não pode ser feliz: a felicidade é o desejo de repetição.
Milan Kundera in A Insustentável Leveza do Ser (7°parte - cap.2&4)

22.12.05

Confiar sem condições

O Evangelho conta-nos a história de um paralítico e dos seus amigos que lhe pegaram na maca e, como não podiam passar pela porta por causa da multidão, o fizeram entrar pelo telhado para que chegasse ao pé de Cristo.
Será que eu posso indicar quatro amigos que farão tudo por mim? Quem são? E haverá alguém que possa confiar em mim sem condições?
Vasco Pinto de Magalhães, s.j. in Não Há Soluções, Há Caminhos (26 de Agosto)

21.12.05

Os livros são janelas

Vi um livro no lixo e arrepiei-me pensando que há livros que nascem mortos.
Pode-se viver sem ler?
Quem não lê não entra no rio da história e quem lê é como o mar onde desaguam muitos rios.
Comprar um livro é sempre como a primeira vez, como quem marca um encontro para receber uma confidência.
Uma casa sem livros está desabitada, é uma pensão... Os livros são janelas.
Hoje vou abrir uma delas.
Vasco Pinto de Magalhães, s.j. in Não Há Soluções, Há Caminhos (28 de Abril)

19.12.05

A minha Alegria

Quando a minha Alegria nasceu tomei-a nos braços e subi com ela ao terraço da minha casa.
Então gritei: Venham vizinhos, venham ver, nasceu a minha Alegria! Venham contemplar um homem feliz que se ri ao sol.
Mas com grande surpresa minha, nenhum vizinho quis ver a minha Alegria.
Todos os dias, durante sete luas, anunciei ao vento a minha Alegria do terraço da minha casa, mas ninguém quis dar-me ouvidos.
Assim, a minha Alegria e eu ficámos sozinhos, sem interessar a ninguém e sem que alguém viesse visitar-nos.
Então a minha alegria começou a empalidecer e a cansar-se porque nenhum outro coração a não ser o meu admirava a sua beleza e só os meus lábios beijavam os seus.
Aos poucos, a minha Alegria morreu de solidão.
Hoje, apenas recordo a minha Alegria desaparecida quando recordo a minha Tristeza morta.

A recordação é uma folha de Outono que murmura um instante nas mãos do vento e nunca mais volta a escutar-se.
Khalil Gibran in O Louco

A minha Tristeza

Quando a minha tristeza nasceu, criei-a com esmero e com amorosa ternura.
A minha tristeza cresceu como todas as coisas vivas: forte, bela e cheia de encantos.
Amávamo-nos e amávamos o mundo que nos rodeava, porque a minha Tristeza tinha um coração bondoso, e o meu coração transbordava de ternura pela minha Tristeza. Quando cantávamos os dois, os vizinhos vinham às janelas, porque os nossos cânticos eram mais profundos do que o mar, e as nossas melodias estavam cheias de estranhas recordações. E quando andávamos juntos, as pessoas olhavam-nos com carinho e murmuravam palavras de inefável doçura. Havia até alguns que nos olhavam com inveja, porque a minha Tristeza era um ser nobre e eu estava orgulhoso da minha Tristeza.
Mas um dia a minha Tristeza morreu, como morrem as coisas vivas, fiquei sozinho com os meus pensamentos.
Agora quando falo, as minhas palavras ressoam pesadas nos meus ouvidos. E quando canto, os vizinhos já não vêm à janela escutar as minhas canções. E quando vou pelas ruas, já ninguém olha para mim.
Apenas ouço vozes que dizem: ''Olhem, aí vai um homem abandonado pela sua Tristeza''.
Khalil Gibran in O Louco

17.12.05

Querer a paz

Todos querem a paz, mas há muita gente que não se dispõe a fazer as pazes. Parece que não acreditam que duas pessoas zangadas ou um casal desavindo se possam reconciliar. Preferem afirmar posições. De facto, o orgulhoso não é inteligente! Se fosse inteligente, já teria percebido que a coisa mais humana é levantar-se dos seus erros e recomeçar cada dia. Não o tentar e agarrar-se aos seus direitos parece força, mas é fraqueza infantil.
Vasco Pinto de Magalhães, s.j. in Não Há Soluções, Há Caminhos (25 de Março)

8.12.05

O acendedor de lampiões

O quinto planeta era muito curioso. Era o menor de todos. Mal dava para um lampião e o acendedor de lampiões...
O principezinho não podia atinar para que pudessem servir, no céu, num planeta sem casa e sem gente, um lampião e o acendedor de lampiões. No entanto, disse consigo mesmo:
- Talvez esse homem seja mesmo absurdo. No entanto, é menos absurdo que o rei, que o vaidoso, que o homem de negócios, que o beberrão. Seu trabalho ao menos tem um sentido. Quando acende o lampião, é como se fizesse nascer mais uma estrela, mais uma flor. Quando o apaga, porém, é estrela ou flor que adormecem. É uma ocupação bonita. E é útil, porque é bonita.
Quando abordou o planeta, saudou respeitosamente o acendedor:
- Bom dia. Por que acabas de apagar teu lampião?
- É o regulamento, respondeu o acendedor. Bom dia.
- Que é o regulamento?
- É apagar meu lampião. Boa noite.
E tornou a acender.
- Mas por que acabas de o acender de novo?
- É o regulamento, respondeu o acendedor.
- Eu não compreendo, disse o principezinho.
- Não é para compreender, disse o acendedor. Regulamento é regulamento. Bom dia.
E apagou o lampião.
Em seguida enxugou a fronte num lenço de quadrinhos vermelhos.
- Eu executo uma tarefa terrível. Antigamente era razoável. Apagava de manhã e acendia à noite. Tinha o resto do dia para descansar e o resto da noite para dormir...
- E depois disso, mudou o regulamento?
- O regulamento não mudou, disse o acendedor. Aí é que está o drama! O planeta de ano em ano gira mais depressa, e o regulamento não muda!
- E então? disse o principezinho.
- Agora, que ele dá uma volta por minuto, não tenho mais um segundo de repouso. Acendo e apago uma vez por minuto!
- Ah! que engraçado! Os dias aqui duram um minuto!
- Não é nada engraçado, disse o acendedor. Já faz um mês que estamos conversando.
- Um mês?
- Sim. Trinta minutos. Trinta dias. Boa noite.
E acendeu o lampião.
O principezinho considerou-o, e amou aquele acendedor tão fiel ao regulamento. Lembrou-se dos pores-do-sol que ele mesmo produzia, recuando um pouco a cadeira. Quis ajudar o amigo.
- Sabes? Eu sei de um modo de descansar quando quiseres...
- Eu sempre quero, disse o acendedor.
Pois a gente pode ser, ao mesmo tempo, fiel e preguiçoso.
E o principezinho prosseguiu:
- Teu planeta é tão pequeno, que podes, com três passos, dar-lhe a volta. Basta andares lentamente, bem lentamente, de modo a ficares sempre ao sol. Quando quiseres descansar, caminharás... e o dia durará quanto queiras.
- Isso não adianta muito, disse o acendedor. O que eu gosto mais na vida é de dormir.
- Então não há remédio, disse o principezinho.
- Não há remédio, disse o acendedor. Bom dia.
E apagou seu lampião.
Esse aí, disse para si o principezinho, ao prosseguir a viagem para mais longe, esse aí seria desprezado por todos os outros, o rei, o vaidoso, o beberrão, o homem de negócios. No entanto, é o único que não me parece ridículo. Talvez porque é o único que se ocupa de outra coisa que não seja ele próprio.
Suspirou de pesar e disse ainda:
- Era o único que eu podia ter feito meu amigo. Mas seu planeta é mesmo pequeno demais. Não há lugar para dois...
O que o principezinho não ousava confessar é que os mil quatrocentos e quarenta pores-do-sol em vinte e quatro horas davam-lhe certa saudade do abençoado planeta.
Antoine de Saint-Exupéry in O Principezinho (cap.XIV)

6.12.05

...sonho

Que poder teria o Inferno se aqueles que aqui são prisioneiros não pudessem sonhar com o Paraíso?
Neil Gaiman in Sandman Preludes

5.12.05

Eu

Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...

Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...

Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!
Florbela Espanca in Livro de Mágoas

4.12.05

A menina que queria ser maçã

Quando perguntaram à Joaninha o que é que ela queria ser quando fosse grande (há sempre um dia em que um adulto nos faz essa pergunta), ela não hesitou:
- Quando for grande quero ser maçã!
Disse aquilo com tanta convicção que a mãe se assustou:
- Maçã?
A maior parte das crianças quer ser: astronauta, médico, corredor de automóveis, futebolista, cantor, presidente. Há algumas respostas mais originais: “Quero ser solteiro”, confessou o filho de uma amiga minha. Conheço uma menininha que foi ainda mais ambiciosa:
- Quando for grande quer ser feliz.
Mas maçã? Joaninha, meu amor, maçã porquê? A pequena encolheu os ombros: “são tão lindas”. Passaram-se os anos e a mãe pensou que ela se tinha esquecido daquilo. Mas não. No dia em que entrou para a escola a professora fez a todos os meninos a mesma pergunta:
- Ora então vamos lá saber o que é que vocês querem ser quando forem grandes... Astronauta. Piloto de Fórmula 1. Cantora. Futebolista. Barbie (há muitas meninas que querem ser a Barbie). Médica. Modelo. Actriz. E tu, Joaninha?
- Eu quero ser maçã!
Risos. Os outros meninos começaram a fazer troça dela:
- Maçã raineta! Maça raineta!...
- Se o Joaninha pode ser uma maçã, senhora professora, eu quero ser um avião...
Ela nem fazia caso. Quando crescesse havia de ser uma maçã, sim, uma maçã verde, luminosa, tão perfumada como uma manhã de primavera.
Poucas vezes, porém, conseguimos cumprir os nossos sonhos. Joaninha transformou-se numa mulher bonita, estudou, e fez-se professora. Era uma boa professora. Só quem conseguisse olhar para dentro dela poderia saber que, bem lá no fundo do seu coração, Joaninha sentia ainda aquela grande vontade de se tornar maçã. O tempo passou – o tempo, aliás, está sempre a passar, nós é que nem sempre damos pela sua passagem. O tempo passou, portanto, e Joaninha envelheceu. Não casara, não tinha filhos, envelheceu sozinha. Foi numa tarde de Outono. As árvores tinham perdido todas as folhas. O sol, cansado, com aquela cor macia que tem o mel, desaparecia no horizonte. Joaninha estava a dormir numa cadeira de baloiço, na varanda da sua casa, quando apareceu um anjo e a levou. Ela não percebeu logo onde estava. Foi preciso que Deus lhe tocasse nos ombros com a ponta dos dedos:
- Acorda minha filha – disse-lhe Deus -, já chegaste.
Joaninha abriu os olhos e viu o que já antes via com os olhos fechados: os anjos passeando num grande jardim, os peixes flutuando no ar, juntamente com os pássaros, e aquele velho de barbas brancas, ao seu lado, sorrindo como só Deus sabe sorrir.
- Meu Deus – perguntou-lhe – porque não me deixaste ser maçã?
- Ser maçã é difícil, Joaninha – disse-lhe Deus – É preciso crescer muito para se ser uma boa maçã. Tu cresceste. Agora, sim, serás maçã.
Alguns anos depois um menino descobriu no pomar da casa dos seus avós uma maçã de um brilho intenso. Cheirou-a: cheirava a manhãs lavadas, cheirava a primavera, era um cheiro que se colava aos dedos. O menino comeu a maçã e sentiu-se feliz. Naquela tarde disse à avó:
- Sabes, acho que quando for grande quero ser maçã!
José Eduardo Agualusa in Estranhões e Bizarrocos

2.12.05

Uns tempos depois

Uns tempos depois aprendes a diferença subtil entre segurar numa mão e acorrentar uma alma,
E aprendes que o amor não significa dependência e companhia não significa segurança,
E começas a aprender que os beijos não são contratos e os presentes não são promessas,
E começas a aceitar as tuas derrotas de cabeça erguida e de olhos abertos, com o porte de um adulto, e não a mágoa de uma criança,
E aprendes a construir os teus caminhos a partir do dia de hoje porque o terreno do amanhã é demasiado incerto para fazer planos.
Uns tempos depois aprendes que até o Sol queima se for em demasia.
Portanto, planta o teu próprio jardim e decora a tua própria alma, em vez de esperares que alguém te traga flores.
E aprendes que podes verdadeiramente continuar... que és verdadeiramente forte, e que tens verdadeiro valor.
E aprendes e aprendes... com cada adeus estás a aprender...
Veronica A. Shoffstall in Canja de Galinha para a Alma dos Jovens